Nós já falamos aqui que nossa mente tem uma grande influência na vida sexual, e que os principais fatores psicológicos que afetam o desejo sexual masculino são: estresse, ansiedade e depressão. A maioria dos casos de disfunções sexuais nos homens está ligada a causas orgânicas, mas muitos casos são originados por fatores psicológicos. Então, neste conteúdo falaremos sobre como o tratamento psiquiátrico pode afetar a saúde sexual masculina.

Para problemas na saúde sexual causados por fatores psicológicos, o diagnóstico é feito durante a consulta com o médico especialista, através de uma ampla conversa e exames indolores.

A análise dos resultados, das queixas e da frequência dos eventos vai determinar o melhor tratamento a ser realizado pelo paciente, que pode ser feito de duas formas: psicoterapia e uso de antidepressivos, com o objetivo de ajudar a baixar o nível de ansiedade e aprender a controlar a resposta ejaculatória. No entanto, é importante ficar atento a possíveis efeitos colaterais e seguir o acompanhamento de médicos especialistas.

Possíveis efeitos do uso de antidepressivos

Mesmo com diversas opções de antidepressivos disponíveis, um efeito colateral é sempre apontado: a disfunção sexual, que se manifesta através da queda da libido. Os antidepressivos agem na regulação da transmissão da serotonina (hormônio responsável por levar sensações de bem-estar ao cérebro).

Até aí tudo bem! A grande questão é que, aumentando o nível da serotonina, as medicações diminuem a ativação de outros dois neurotransmissores: a dopamina (ligada à excitação) e a noreprinefina (ligada à motivação).

Os principais efeitos colaterais sexuais que podem ocorrer através do uso de antidepressivos são:

  • Perda da libido: o paciente pode sentir menos desejo sexual, reduzindo o interesse em estímulos sexuais de que antes gostava.
  • Retardo ejaculatório: aumento no tempo habitual que a pessoa leva para atingir o orgasmo durante a relação sexual, podendo não chegar ao orgasmo.
  • Disfunção erétil: incapacidade de manter uma ereção rígida o suficiente para uma relação sexual satisfatória.

Existem alguns outros, como o priapismo e ejaculação retrógrada, por exemplo.

É de extrema importância ressaltar que poder ter efeitos colaterais não quer dizer que, necessariamente, eles vão existir. Vai depender de cada organismo e da dose da medicação utilizada.

Além disso, lembramos que pacientes que possuem quadros depressivos e ansiosos também podem ter queixas sexuais, como a queda da libido e problemas na ereção. Portanto, a avaliação com o psiquiatra para verificar exatamente o que está acontecendo se faz necessária.

Como é realizado o tratamento nesses casos?

Existem algumas estratégias para melhorar as queixas apresentadas pelo paciente, sendo que a escolha deve ser feita após análise e discussão entre psiquiatra e paciente.

Esperar é uma opção. Em alguns casos os efeitos colaterais podem diminuir com o passar do tempo até não incomodarem ou mesmo sumirem. Outra opção é tentar reduzir a dose da medicação ou mesmo não fazer uso dela em dias em que pode haver relação sexual. Além disso, outra possibilidade é a substituição por antidepressivos com menor ação na função sexual, na tentativa de uma boa resposta terapêutica sem esse tipo de efeito colateral.

Por fim, podem ser usadas medicações que combatam os efeitos colaterais. Isto é, medicações que auxiliam no aumento da libido ou disfunção erétil, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes enquanto estão em tratamento com antidepressivos.

Não se intimide se estiver enfrentando alguns eventos de falta de ereção, disfunção erétil ou impotência sexual. Procure a ajuda de um médico experiente para resolver o problema. A Clínica Upmen irá realizar a avaliação através de um atendimento personalizado, com transparência e com sigilo total.

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